quinta-feira, maio 01, 2025

Luiz Antônio Mello

Faleceu ontem, aos 70 anos, Luiz Antônio Mello, de Niterói-RJ, criador da lendária Fluminense FM. Não o conhecia pessoalmente, mas tive a honra de tê-lo como colega nas páginas do International Magazine. Neste site aqui, ele lembrou os tempos em que colaborou para o saudoso jornal de música. Em 3 de março de 2015, ele me mandou o seguinte recado por Messenger:

Emílio, tudo bem? Estou trabalhando numa série de TV sobre rock brasileiro. Vão ser 13 episódios no Canal Brasil. Queremos entrevistar você sobre rock de POA ontem e hoje. Mais: lista de quem é quem no rock daí. Músicos, radialistas, etc. Pode ser? Vamos a POA gravar. Meu email é...
Indiquei vários nomes que foram entrevistados, como Zeca Azevedo, Juarez Fonseca, Rogério Ratner, Arthur de Faria e Léo Felipe. O resultado foi a série "A Trilha do Rock no Brasil", que apresentou seu primeiro episódio no dia 21 de outubro de 2016, depois teve algumas reprises. LAM, como também era conhecido, parte com sua missão cumprida.

terça-feira, abril 22, 2025

Outro empate com gosto de vitória

Em minha postagem anterior, comentei que, nos jogos do Internacional que terminavam 1 a 1, se o Colorado tivesse feito o gol de empate, eu considerava meia vitória. Foi o que aconteceu no Grenal. Pois hoje foi melhor ainda: o Inter buscou o empate contra o Nacional de Montevidéu depois de estar perdendo por 3 a 0. Que eu lembre, isso nunca aconteceu no meu tempo de torcedor fanático, no começo dos anos 1970, embora eu mantivesse a esperança até o fim. 

domingo, abril 20, 2025

Empate no Grenal

No meu tempo de colorado fanático, eu considerava um resultado de 1 a 1 como meia vitória ou meia derrota, dependendo de quem fizesse o gol primeiro. Se o adversário começasse ganhando e o Inter igualasse o placar, era meia vitória. Eu comemorava. Por outro lado, se o Inter iniciasse vencendo e cedesse o empate, era meia derrota. Eu lamentava. Então ontem foi um dia de copo meio cheio.

Quanto ao pênalti que o juiz não marcou... Acho que deveria ter marcado. Mesmo desfavorecendo o meu time.

E Feliz Páscoa a todos!

terça-feira, abril 15, 2025

Slide


No sábado, postei o seguinte comentário no Facebook:

Já que o público consumidor conseguiu aposentar a verdadeira maravilha que é o CD, com todas as suas vantagens e avanços tecnológicos, e trazer de volta o incômodo, frágil e problemático vinil, então eu também quero a volta do Super-8, filme 16mm e slides. Desses eu realmente gostava e lamentei quando desapareceram. Principalmente o slide.

Seguiram-se respostas diversas sobre CD, vinil e assuntos correlatos. Mas um amigo observou que eu deveria digitalizar meus filmes e slides o quanto antes, pois poderiam desbotar ou mofar. Neste ano não sei se será possível, mas já está nos meus planos comprar um bom digitalizador de diapositivos. Tenho muito material para disponibilizar. Mas, motivado pela recomendação dele, resolvi dar uma espiada nos meus slides. Peguei a pilha que estava mais à mão. Encontrei esta foto do meu filho que eu nem lembrava de ter tirado. Aqui eu usei uma simples lâmpada por trás para iluminá-la.

Sobre sessão de slides, leiam o que eu escrevi aqui.

domingo, abril 13, 2025

Os 50 anos de "Loki?" - agora, sim!

Neste ano de 2025, comemoram-se os 50 anos do LP "Loki?", antológico trabalho solo do Mutante Arnaldo Baptista. No entanto, a maioria antecipou a celebração. Saíram várias matérias no ano passado registrando de forma adiantada o meio século do disco. E por uma razão muito simples: confiaram na data constante no rótulo, como se vê abaixo.
Em princípio, não há por que duvidar de uma informação que é impressa num disco à época de seu lançamento. Mas às vezes ocorriam atrasos, resultando numa defasagem entre a data indicada no selo e o momento em que o vinil chegava às lojas. Aconteceu com "Em Mar Aberto", do gaúcho Fernando Ribeiro, que só começou a ser vendido em 1977, embora tenha sido "carimbado" 1976. Pois é o mesmo caso de "Loki?". O lote não deve ter sido concluído a tempo para as vendas de Natal de 1974, então a gravadora achou melhor segurá-lo para bem depois das férias de verão e do Carnaval.
Aqui, um trecho do livro "Balada do Louco", de Mario Pacheco (não é meu parente), publicado em 1991.
Crítica de Tárik de Souza para a Veja. O texto não está completo, mas o importante, aqui, é verificar a data ao pé da página.
A resenha da revista Pop. Também consta a data para verificação (cliquem para ampliar). Observem que o lançamento foi praticamente simultâneo ao do primeiro disco solo de João Ricardo, dos Secos e Molhados. Essa casualidade não escapou aos críticos, na época: dois criadores de grupos lendários do rock brasileiro estreando como solistas ao mesmo tempo. Um detalhe que deveria ser lembrado até hoje, mas que se perdeu com a confusão causada pela data do rótulo do LP de Arnaldo.
Crítica de Okky de Souza na Tribuna da Imprensa de 1º de abril de 1975 (apesar da data, podem confiar nas informações). Por fim, sou informado pelo jornalista carioca Ricardo Schott de que o LP entrou na discoteca da Rádio Gazeta (referência usual para confirmação de datas de lançamento) em 26 de março de 1975. Logo, não há dúvidas. "Loki?" foi concebido em 1974, mas veio ao mundo mesmo no ano seguinte. Portanto agora é o momento certo para comemorar os seus 50 anos. 


Esta é uma versão revista e atualizada de uma postagem feita em 2015. Agradecimento a Alex Alberto e Márcio Aquino pelas imagens cedidas.

domingo, abril 06, 2025

Palavra nova

 Hoje aprendi uma palavra nova em inglês: "sentêncedi".

domingo, março 16, 2025

É 1969 de novo

 
Esta flâmula foi postada no Facebook por meu amigo Arienei Erian Azevedo de Abreu. Em 1969, o Inter interrompeu a sequência de sete títulos do Grêmio empatando um Grenal no Beira-Rio, num jogo em que esse resultado bastava para dar o campeonato ao Colorado. Só que a flauta alusiva ao octa não fazia muito sentido, pois o Grêmio havia sido hepta, uma qualificação que o Inter ainda não tinha. E o comentário geral dos gremistas era: "Conhece o Esporte Clube Cometa? É o Internacional, que aparece de sete em sete anos!" Pois o cometa brilhou por oito anos seguidos. 

Antes tarde do que nunca, chego à conclusão de que, no Campeonato Gaúcho, é comum acontecer uma longa sequência de títulos para um mesmo time. São as boas e más fases que se alternam. Tanto Inter quanto Grêmio foram três vezes hexa. Só que o Inter, em uma delas, conquistou o octa, enquanto o Grêmio, em duas, chegou ao hepta. É normal que, agora, os colorados se vangloriem do octa que o Inter alcançou em 1976 e o Grêmio não conseguiu igualar. Mas amanhã, quem sabe? Não duvido de mais nada.

Na minha turma de adolescência, um gol de falta como o de Enner Valencia hoje suscitaria o comentário: "Que cálculo!" Nós usávamos o termo "cálculo" para designar qualquer situação em que alguém "acertava na mosca", mas era na verdade uma ironia. O real significado era... sorte! Claro que o jogador do Inter procurou mirar, mas colocar ali, bem no cantinho, passando pela barreira? Foi um tremendo... cálculo!

Como eu sempre digo, eu me considero torcedor da reserva, convocado para torcer em decisões importantes. Foi o caso hoje. 

P.S.: Não, não acho que tenha havido o pênalti alegado pelo Inter no final do primeiro tempo. O lance foi reprisado várias vezes e não vi a bola encostar na mão de Lucas Esteves. Quanto ao suposto impedimento no gol do Grêmio, também acho que o VAR fez bem em decidir que não houve. A jogada foi confusa, difícil de analisar, como se comprovou pelos quase dez minutos que a arbitragem de vídeo precisou para chegar a uma conclusão. In dubio, pro reo. Mas acho que sou um dos poucos colorados que veem dessa forma, se não o único.